25 de novembro é o Dia da Baiana de Acarajé
25 de novembro é o Dia da Baiana de Acarajé. Saiba mais sobre a data e sua importância
O Dia da Baiana de Acarajé, celebrado em 25 de novembro, é uma data dedicada a homenagear uma das figuras mais icônicas da cultura brasileira. As baianas de acarajé são reconhecidas não apenas pela venda de um dos pratos mais tradicionais da Bahia, mas também por sua conexão histórica, religiosa e cultural com o Brasil.
Origem da Data
O dia foi instituído oficialmente pela Lei nº 12.206, sancionada em 19 de janeiro de 2010. A escolha da data busca enaltecer a importância cultural e econômica das baianas, que desempenham um papel central na preservação das tradições afro-brasileiras, especialmente aquelas ligadas à culinária e à religiosidade de matriz africana.
Além de ser um símbolo da gastronomia brasileira, o acarajé possui raízes profundas na cultura africana, sendo originário da Nigéria. No Brasil, ele chegou com os africanos escravizados e, ao longo dos séculos, tornou-se parte integrante da identidade baiana.
Importância Cultural
As baianas de acarajé não são apenas vendedoras de comida de rua. Elas representam uma herança cultural e espiritual. Muitas delas têm uma ligação direta com o candomblé, onde o acarajé é oferecido a divindades como Iansã e Xangô. Essa ligação sagrada faz com que o ofício vá além do comércio, tornando-se uma manifestação de resistência e preservação cultural.
Em 2004, o ofício foi reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Esse reconhecimento destacou a relevância histórica, social e cultural dessas mulheres na construção da identidade brasileira.
Pessoas e Histórias Relevantes
Entre as personalidades que simbolizam a força das baianas de acarajé está Dinha do Acarajé, uma das mais conhecidas da Bahia. Dona Dinha foi pioneira na popularização do acarajé em Salvador, atraindo tanto moradores locais quanto turistas. Sua barraca, localizada no bairro do Rio Vermelho, se tornou um ponto de referência para quem busca saborear o prato.
Outro nome de destaque é o de Carmem Barbosa, presidente da Associação das Baianas de Acarajé, Mingau e Receptivos da Bahia (ABAM). A associação tem trabalhado para preservar os direitos das baianas e garantir condições dignas para o exercício de sua profissão.
Desafios e Conquistas
Embora sejam ícones da cultura brasileira, as baianas de acarajé enfrentam desafios como a concorrência desleal, a falta de regulamentação em alguns locais e questões relacionadas à sustentabilidade de seu trabalho. Movimentos organizados, como a ABAM, têm desempenhado um papel importante na luta por reconhecimento e políticas públicas que protejam o ofício.
Além disso, iniciativas culturais e educacionais buscam perpetuar as tradições relacionadas ao acarajé. Projetos como o “Museu da Baiana de Acarajé” ajudam a registrar a história e o legado dessas mulheres para as futuras gerações.
Celebrar o Dia da Baiana de Acarajé é uma forma de reconhecer o impacto dessas mulheres na identidade cultural brasileira. Elas não apenas mantêm viva a tradição do acarajé, mas também são símbolos de resistência e empreendedorismo. Em meio às transformações sociais e econômicas, as baianas continuam a desempenhar um papel único na valorização das raízes africanas do Brasil.
A data também serve para fomentar o turismo cultural, já que as baianas e suas barracas atraem visitantes de todo o mundo, interessados em conhecer a história, os sabores e os significados por trás do acarajé.
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